Desde a época da adolescência eu sou literalmente apaixonada pelo "poetinha".
Romântica assumida, como não apaixonaria-me por ele, que além de ter sido um dos maiores compositores do Brasil, foi também um estupendo poeta.
Fez sonetos maravilhosos e belíssimas canções. Tanto era essa minha "paixão" que dei a meu primeiro filho o nome de Vinícius.
Sabe-se que Vinicius de Morais era um boemio, e era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
No campo musical, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.
Meus sonetos preferidos são: Soneto de Fidelidade e Soneto da Separação.
Soneto da fidelidade porque sempre imaginei pra mim um amor como o descrito no poema, com tanto bem querer e amizade, e a fidelidade, que eu acho fundamental em uma relação.
Soneto da separação porque marcou uma fase muito triste da minha vida, que foi a minha separação. Uma separação sofrida, daquelas que a gente sabe que é inevitável, mas ainda com muito amor preso no coração...Separação destas que a gente tem que afogar o amor aos pouquinhos...
Deixo aqui estes dois sonetos e mais alguns, para que possam apreciá-lo, e quem sabe, assim como eu, apaixonarem-se.
Romântica assumida, como não apaixonaria-me por ele, que além de ter sido um dos maiores compositores do Brasil, foi também um estupendo poeta.
Fez sonetos maravilhosos e belíssimas canções. Tanto era essa minha "paixão" que dei a meu primeiro filho o nome de Vinícius.
Sabe-se que Vinicius de Morais era um boemio, e era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
No campo musical, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.
Meus sonetos preferidos são: Soneto de Fidelidade e Soneto da Separação.
Soneto da fidelidade porque sempre imaginei pra mim um amor como o descrito no poema, com tanto bem querer e amizade, e a fidelidade, que eu acho fundamental em uma relação.
Soneto da separação porque marcou uma fase muito triste da minha vida, que foi a minha separação. Uma separação sofrida, daquelas que a gente sabe que é inevitável, mas ainda com muito amor preso no coração...Separação destas que a gente tem que afogar o amor aos pouquinhos...
Deixo aqui estes dois sonetos e mais alguns, para que possam apreciá-lo, e quem sabe, assim como eu, apaixonarem-se.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Soneto à Lua
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Soneto de devoção
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Soneto de devoção
Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez... — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez... — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude
Menina que passa
versão original da música
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude
Menina que passa
versão original da música
"Garota de Ipanema"
Vinha cansado de tudo
De tantos caminhos
Tão sem poesia
Tão sem passarinhos
Com medo da vida
Com medo de amar
Quando na tarde vazia
Tão linda no espaço
Eu vi a menina
Que vinha num passo
Cheio de balanço
Caminho do mar
Vinha cansado de tudo
De tantos caminhos
Tão sem poesia
Tão sem passarinhos
Com medo da vida
Com medo de amar
Quando na tarde vazia
Tão linda no espaço
Eu vi a menina
Que vinha num passo
Cheio de balanço
Caminho do mar