DA DISCRIÇÃO
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Tendo-os na ponta do nariz!
DAS UTOPIAS
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem..
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…
Trova
Coração que bate-bate..
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer.
Poema Transitório
(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar...
Ah, como esta vida é urgente!
Não faças da tua vida um rascunho.
Poderás não ter tempo de passá-la a limpo.
Fechei os olhos para não te ver
Mário Quintana
Mário Quintana, poeta gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de 1906, e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em vários jornais gaúchos. Traduziu Proust, Conrad, Balzac, e outros autores de importância. Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos, seu Primeiro livro de poesias.